Quem Presta Não Pede Mais Empatia

Por: Dr. Felipe Figueiredo

Doa a quem doer, a verdade é que uma parcela imensa das pessoas que recebem o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline é mau-caráter, mentirosa, dissimulada, manipuladora e tem um dom para representar papéis e enganar os desavisados. E, o que é pior, costumam atacar de modo cruel e covarde, sem dó nem piedade, aqueles que têm o azar de se tornar o alvo de seu desvario. E costumam não apresentar nem um pingo de remorso ou peso na consciência, e são movidas por um ódio cego e bestial, justificado pelo sentimento de injustiça e indignação, que decorre de sua convicção doentia de que são vítimas, quando, na verdade, são os verdadeiros algozes. Não há uma semana sequer que não atenda um adulto que teve a sua vida destruída por ter tido o azar de ser filho de um pai (ou mãe) assim ou de ter se envolvido (ou até mesmo se casado) com esse tipo de gente. Existem doenças mentais que são graves. Mas nem toda doença mental, por mais grave que seja, é uma doença moral. No caso dessa parcela da população a que me refiro, a doença é essencialmente moral.

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Dr. Felipe Figueiredo é graduado em medicina; pós-graduado em psiquiatria; intitulado Especialista em Psiquiatria (TEP) pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP); possui tanto o registro oficial de médico (CRM: 52-82.373-2) quanto o registro oficial de especialista em psiquiatria (RQE: 20.579) junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM); atuou como psiquiatra forense em diversos processos judiciais, sempre a serviço dos magistrados, deslindando casos de alta complexidade e emitindo laudos decisivos para a justa resolução de cada disputa; iniciou sua formação em psicoterapia através das correntes dominantes na pós-graduação em psiquiatria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); tornou-se o psiquiatra mais bem avaliado do mundo no Doctoralia, a maior plataforma de serviços de saúde do mundo, e assim se manteve durante mais de sete anos; conheceu a hipnoterapia quando já contava com mais de dez anos de experiência em psiquiatria e psicoterapia; tornou-se referência na área; escreveu um livro sobre o assunto, Arranque o Mal pela Raiz; e, mais tarde, tornou-se também palestrante, e professor de psiquiatria no maior centro de treinamento de hipnoterapia do mundo.